Ser Pensante

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"Todo homem honesto deveria tornar-se filósofo, sem se vangloriar em sê-lo." Voltairé

domingo, 22 de abril de 2012

Ah Paulinho!!! (Parte 2)





Infelizmente, adquiri o falho costume de começar textos e indagações neste espaço e não concluí-los. Claro que teria boas justificativas para oferecer a vocês tendo em vista que vivemos em uma sociedade onde todo o nosso tempo, ou a maior parte dele, deve ser administrado para a nossa sobrevivência e, consequentemente, a sobrevivência do próprio sistema, que é sustentado por nós. Porém, prometo a mim mesmo, (maior interessado em minhas próprias pesquisas) e a vocês, dedicar-me um pouco mais a estudos como estes que venho dando prioridade neste espaço e, na medida do possível e conveniente ao aprendizado partilhado, estarei transmitindo os resultados de tais estudos em respostas e indagações aos que acompanham tais narrativas.   Para entender melhor tais questões, achei por bem pesquisar um pouco mais sobre como os ensinamentos de Paulo que ganharam tanto espaço entre os cristãos, muito mais do que Apolo ou qualquer outro “mestre” do tempo posterior à referida ascensão de Cristo, que dá início à Igreja Primitiva.
Anteriormente, havia introduzido esta temática abordando o texto bíblico de 1 Coríntios 3, que  trata de algumas exortações do apóstolo Paulo perante a divisão que tendia a ocorrer na Igreja por conta das diversas e distintas interpretações que circulavam entre a mesma frente os ensinos deixados por Cristo. Eram muitos os “mestres”, e Paulo entendia isto como algo a dificultar a difusão do ensino da mensagem deixada por Cristo pelo mundo, e para a própria saúde da Igreja que crescia. Aí começa minha inquietação.
Sabemos que os ensinos de Paulo predominaram sobre os outros ao longo da história. Na formação do canôn bíblico, nenhum outro autor teve tanto espaço como o apóstolo Paulo. Dos 26 livros que formam o Novo Testamento, 13 são tidos como de autoria de Paulo, são eles: Romanos, 1 Coríntios, 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 Tessalonicenses, 2 Tessalonicenses, 1 Timóteo, 2 Timóteo, Tito e Filemon; e um talvez tenha sido escrito também por ele: a carta aos Hebreus. Ou seja, possivelmente, metade dos livros que regem o cristianismo ao longo da história, tenham sido escritos pelo mesmo autor. O que considero de alguma preocupação, caso este autor tenha se equivocado em sua interpretação frente o ensino deixado por Cristo, o que é bem possível, já que o mesmo não o conheceu pessoalmente.
           Mas, por quais motivos teriam as cartas de Paulo mais valorizadas pela Igreja Primitiva do que os ensinos de homens como Apolo, por exemplo? É exatamente com esta questão que pretendo dar continuidade à minha busca exaustiva à respostas que solucionem tal problemática. Gostaria que vocês me auxiliassem nisto.

2 comentários:

  1. Dá-lhe!!!!!

    Quero ver aonde isso tudo vai dar!!! :)

    S2

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  2. Como disse no primeiro comentário sigamos as buscas!
    Porque as cartas de Paulo seriam mais valorizadas pela Igreja primitiva?
    Com certeza essas foram valorizadas porque se identificava com os conceitos da sociedade primitiva e com os objetivos que pretendiam atingir.
    Toda a mensagem que te induzir a fatores culturais, determinante de uma época, desconfie, seja quem for que assinar.

    Gosto quando percebe as possibilidades dos possíveis equívocos do autor, mas não foi só esse autor nessa condição. Pelo que sei apenas um deles foi quem acompanhou Jesus, o resto escreveu muito depois da sua existência. E mesmo esse que se supõe viveu com ele em seu tempo, ainda assim, com certeza apresentou em seus relatos as suas formas de visões, influenciado pela cultura da época. Apoio-me no fato de que todos os textos bíblicos sofrem contradições pela luz da razão. Parece-me óbvio que os dominantes religiosos desde o princípio reuniram registros da passagem histórica de Jesus no mundo. Que era mais conveniente para si e outros vieram e continuaram escolhendo esses de igual forma. Teriam outros para escolhermos?Com certeza, digo, sim! Onde estão? Dificilmente saberemos...
    “Sugiro essa leitura: “ A mulher na Bíblia” http://www.espirito.org.br/portal/artigos/paulosns/a-mulher-na-biblia.html

    Acredito que, nosso foco tem de ser em Deus criador, estudar as suas obras é muito mais valioso e certo do que qualquer outra coisa. Ninguém corrompe ou pode falar contra, única verdade universal. Para conhecê-lo nos aproximar dele ter uma definição justa sobre ele é observar como ele organizou a vida e todos os seres que há nela, na sua estrutura na sua organização, na sua essência. Buscando encontrar o propósito de tal criação maravilhosa e perfeita que não é tão difícil de perceber, basta soltar as amarras dos escritos bíblicos. Jesus não veio ao mundo pra se fazer um Deus, como muitos o fazem, e sim mostrar Deus. Não seria então ele que deveríamos estudar com mais profundidade? Não seria estudando sobre ele nas suas obras que encontraremos todas as respostas que nos satisfaçam?

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